quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009



"Agonia, luto, bravura e superação..."



Mal deu tempo para secar as lágrimas... Da noite em que nossos guerreiros, que eram amados por toda uma torcida – a quem eles também amavam – partiram para disputar outros jogos, em uma nova dimensão... E não poderia ser diferente. Afinal “navegar é preciso”, superar tragédias, pagar as dívidas, honrar aos que se foram, lutar pelos que ficaram, seguir adiante... É necessário! Desta forma, horas depois, estava determinado: o Grêmio Esportivo Brasil disputaria o Gauchão! Para isto, contaria com os remanescentes, atletas “emprestados” por outros Clubes, apoio total – e incondicional – de terceiros, quartos, quintos... Muitos se dispuseram a auxiliar neste difícil momento...

(À propósito, onde está parte destes “apoiadores”?)

O certo é que formamos um grupo: possuímos um técnico experiente, firme, objetivo. Novos atletas contratados, remanescentes e – por que não dizer – “sobreviventes”...

Uma nova jornada se avizinhava. Logo ali, ao dobrar das semanas...

Não havia mais tempo para lágrimas, medo, desespero e lamentações...

“Arregaçamos as mangas” e trabalhamos muito. Muito mesmo, diuturnamente e – ainda – não há previsão para descanso.

A jornada é árdua, longa e – por vezes – penosa...

Observa-se a aglutinação de forças em prol do GEB. Agradecemos a todos – e a todas – as iniciativas.

Percebe-se grande movimentação por parte de abnegados torcedores, espalhados por todos os cantos do País. Mas ainda é pouco! Principalmente se considerarmos o elevado índice de simpatizantes do GEB.

É preciso mais para fazer o “Xavante do tamanho que queremos”!

Enfim, com bons – ou maus – resultados, da maneira como for, o mínimo que se espera é o respeito de todos.

E, por falar nisto, se tornaram ridículas – além de inadequadas – as manifestações melindradas por parte de alguns torcedores do nosso – tradicional - “co-irmão”...

Para estes, é inadmissível que o GEB mereça tamanho espaço na mídia, apoio de diversos segmentos e empresas.

DESPREZO é a palavra de ordem! Temos de olhar para frente e para o alto!

Neste momento, preocuparmo-nos com este tipo de atitude é igualarmo-nos a sentimentos inferiores, torpes e mesquinhos.

O que se pôde notar – nestes primeiros jogos – é que o grupo que poderia ter se tornado o popular “saco de pancadas” de outros clubes (em função das várias dificuldades exaustivamente debatidas) demonstra, apesar de tudo, um bom nível – em todos os aspectos – que tende a melhorar no decorrer da competição.

(Em verdade, esperava-se mais de equipes que - há algum tempo - vem treinando com regularidade, não sofreu contratempos maiores e, por força das circunstâncias, deveria apresentar um rendimento superior.)

Analisando-se os jogos, não se observou jogadas desleais. Não teve o conhecido “cai-cai”, que caracteriza atitude antidesportiva. Não houve favorecimento de qualquer espécie (se é que alguém poderia supor que ocorresse).

Não nos “entregamos” face às dificuldades. Não protelamos nossas responsabilidades. Não assumimos o papel de “vítima”...

Fomos à luta com o que tínhamos, da melhor maneira que podíamos. Com o combustível humano, que é a nossa torcida. Com a garra que nos caracteriza. Com o rubro e o negro que representam o vigor e a coragem da Nação Xavante!

Sabe-se que a “maratona da resistência”, com jogos a cada 48 horas, será tremendamente extenuamente; que as exigências físicas, técnicas, emocionais... dos atletas serão colocadas à prova a cada dia... Que os resultados – talvez – não sejam os esperados...

Porém, teremos de ser firmes, guerreiros e – muitas vezes, heróicos...

Muitos falam em determinação e coragem... Eu ouço ORGULHO e SUPERAÇÃO.

P.S.: Sobre aquela lágrima, lá no início do texto... Ela ainda insiste em rolar...

Texto Postado no site do G.E.B no dia:09/02/2009 por:

Flavia Franco
flavia@brasildepelotas.com



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